Snowden: Herói ou Traidor

Taylor Luís Melha Abreu
28 de mai. de 2017
2 min de leitura

A espionagem pode ser muito emocionante. Como quando lembramos de filmes como 007, em que James Bond, além de andar sempre bem vestido com seu smoking de milhares de dólares, possuía relógios e carros cheios de gadgets, prontos para livrarem ele de uma enrascada. Também podemos pensar em MacGyver, que podia estar sempre desarmado ou preso em algum lugar, mas com seu conhecimento científico já conseguiu parar o timer de uma bomba atômica com um clipe de papel e um vazamento de ácido sulfúrico com chocolate. Difícil de acreditar, né?!

Imagine se eu te dissesse que espiões existem? E que nem tudo é tão lindo assim como em 007 ou MacGyver, onde os espiões vão atrás apenas dos bandidos?

Esses caras são especialistas em invasão de privacidade. Eles sabem mais de você do que seus próprios parentes. Claro que talvez você ache “eu não sou importante, ninguém vai querer me espionar”, mas a menor das informações pode ser a maior das vantagens para quem as tem. Agora você não acha mais tão legal assim, correto?!

Em 10 de novembro de 2016 foi lançado Snowden: Herói ou Traidor. O filme é do diretor Oliver Stone (diretor de "Conan: O Bárbaro" - 1982, "Nascido em 4 de Julho" - 1989, entre outros) e retrata a história de Edward Snowden, um ex-agente da CIA, (Central Intelligence Agency) que denunciou um polêmico esquema de vigilância global feito pelos EUA. Stone, ao falar sobre o filme em matéria publicada pela Folha de São Paulo em 30/10/2016, expõe seu ponto de vista e defende Snowden, o chamando de herói:

"Mentem, dizem que ele é um espião, mas Snowden é um herói. Ele se vê desta forma". "Se ele infringiu as leis? Bem, às vezes é preciso infringir algumas leis menores para se atingir algo maior. Foi assim com a luta pelos direitos civis."

Gabriel Sol: “Pense nisso como uma pesquisa no Google, só que invés de procurar o que as pessoas tornam público, estamos vendo também aquilo que não tornam. Então, e-mail, bate papo, SMS, o que for...”.

Edward Snowden: “Tá, mas de que pessoas?”

Gabriel Sol: “O reino inteiro, Branca de Neve”

Edward Snowden (Joseph Gordon-Levitt) e Gabriel Sol (Ben Schnetzer)

O diálogo acima realizado entre os personagens Gabriel Sol (Ben Schnetzer) e Edward Snowden (Joseph Gordon-Levitt) acontece em uma das cenas que demonstram o poder que empresas como NSA (National Security Agency) e CIA possuem, e que usam para espionar governos e pessoas, de acordo com o que o filme conta.

Ao decorrer do filme, nós podemos constatar como a vida de espião não é exatamente um mar de rosas. Não deixe de assistir! Além de um ótimo filme, ele faz uma crítica séria ao Big Brother que vivemos, com monitoramento constante de câmeras e agências de segurança e do que podem saber sobre nós, mesmo que nem nós saibamos.